Na última terça-feira (08/05) o filme “O jabuti e a anta” foi exibido na
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP)
como uma maneira de sensibilizar o público a respeito das políticas energéticas
presentes no Brasil (e não só) e o impacto que estas obras desencadeiam às
populações que - de maneira direta - dependem dos recursos naturais para
sobrevivência.
O filme se destaca na medida em que aborda a
questão da humanização da tragédia ambiental, refletida no protagonismo das
comunidades ribeirinhas, das lideranças indígenas, dos pescadores e também dos ambientalistas
que vivenciam diretamente o contexto “tecno-progressista” que prejudica e causa
danos ao meio ambiente.
Xingu e Tapajós são os rios brasileiros destacados
por Eliza Capai (diretora) para construir a ideia de que a política energética
brasileira é ineficiente e não leva em consideração os possíveis prejuízos
socioambientais. Traz, ainda, a importância das lutas ecológicas e da
preservação do meio ambiente, destacando-o não como um recurso a ser explorado,
mas como parte de um sistema maior do qual dependemos para sobreviver.
Dessa maneira, fundamentada no conto folclórico
do jabuti e da anta, o filme vem como um incentivador à desconstrução do senso
comum e, principalmente, como uma maneira de dar voz à grupos socialmente
minoritários e marginalizados, demonstrando a importância do papel da luta
destes povos para com a lógica progressista vigente no Brasil e, porque não, no
mundo todo.
Texto: Lucas Henrique
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