Um dos
centros de pesquisa, inovação e difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP, o
Centro de pesquisas em alimentos (FoRC, na sigla em inglês) criou embalagens
inovadoras que poderão em breve proteger alimentos de microrganismos, avisar
quando o produto não está próprio para o consumo e ainda reduzir a grande
quantidade de plástico usada pela indústria-
isso é a expectativa dos pesquisadores.
Para desenvolver embalagens
resistentes em larga escala e preços competitivos os pesquisadores do FoRC trabalham
com 3 vertentes: na primeira a embalagem é mais biodegradável que as comuns,
nas outras duas eles usam da chamadas embalagens ativas ou com mecanismos que
possibilitam detectar processos de deterioração, ou seja embalagens com
substancias capazes de interagir com o alimento.
Por exemplo
embalagens para pães que evita seu vencimento em um curto período de tempo pois
possuem agregado ao biopolimero do amido da mandioca tem-se cinamaldeído
(principio ativo da canela). De acordo com Carmen Tadini, coordenadora do
laboratório de Engenharia de Alimentos da Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo (LEA/Poli/USP), os estudos realizados no laboratório levaram em conta
apenas o custo da matéria-prima das embalagens ativas e que tal embalagem seria
apenas 12% mais cara que o plástico comumente usado.
Outro exemplo, agora com as embalagens ativas, é um filme
maleável a base de amido de mandioca com antocianina (pigmento comum em frutas
ou vegetais roxos), conforme a deterioração o pH desses alimentos roxos é
alterado, ficando mais básico, e com isso eles também mudam de cor. Dessa forma
quando a embalagem está com uma cor arroxeada significa que o pH do produto
ainda é baixo e não houve deterioração, conforme o alimento vai apodrecendo, o
pH vai aumentando e a embalagem se torna cinza escuro.
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